Advento: Início do Ano Cristão
1º Domingo do Advento
Ano B - Vigilância
Rev.
Edson Cortasio Sardinha – edsoncortasio@hotmail,com
Com
alegria estamos reiniciando o Ano Cristão. O Lecionário Comum tem o Evangelho
de Marcos como parâmetro. Chama-se Ano B.
Com
o Advento iniciamos a História do Senhor Jesus. Nas liturgias dominicais
caminhamos no mistério da nossa Salvação.
O
Ano Cristão tem dois ciclos: Natal e Páscoa; e também dois Tempos Comuns. É uma
caminhada de fé onde nos aprofundamos em Cristo. Ele é a meta da nossa vida e
nossa única motivação para o cumprimento da missão de fazer discípulos e
discípulas em todo o mundo.
O
Advento tem dois momentos: O anuncio da Volta de Jesus (os dois primeiros
domingos) e a Celebração do Mistério de seu nascimento (os dois últimos
domingos).
I. A Origem da
Celebração do Advento
As primeiras orações de preparação
para o Natal aparecem no século V, quando Perpétuo, Bispo de Tours, estabeleceu
um jejum de três dias, antes do nascimento do Senhor.
É
também do final desse século, na Espanha, a “Quaresma de São Martinho”, que
consistia num jejum de 40 dias, começando no dia seguinte à festa de São
Martinho.
Gregório Magno (590-604) foi o
primeiro a redigir um ofício para o Advento, e o Sacramentário Gregoriano é o
mais antigo em prover os cultos próprios para os domingos desse tempo
litúrgico.
No século IX, a duração do Advento
reduziu-se a quatro semanas, como se lê numa carta do Papa Nicolau I (858-867) aos búlgaros. E no século
XII o jejum havia sido já substituído por uma simples abstinência.
O objetivo da igreja era produzir
nos fiéis uma grande expectativa pela vinda do Salvador, orientando-os para o
seu retorno glorioso no fim dos tempos.
Atualmente o Advento é celebrado em
dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal,
mantendo a tradição das quatro semanas. Não podemos celebrar a liturgia, sem
levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.
II.
Advento nas Igrejas Orientais
Nos diversos ritos orientais, o
Advento formou-se com uma característica acentuadamente ascética.
Na liturgia bizantina destaca-se, no
domingo anterior ao Natal, a comemoração de todos os patriarcas, desde Adão até
José, esposo de Maria.
No rito siríaco, as semanas que
precedem o Natal chamam-se “semanas das anunciações”. Elas evocam o anúncio
feito a Zacarias, a Anunciação do Anjo a Maria, seguida da Visitação, o
nascimento de João Batista e o anúncio a José.
V.
Advento nas Igrejas Ocidentais
É na liturgia romana que o Advento
toma um sentido um pouco diferente. Segue um método pedagógico muito vivo.
No primeiro domingo aparece as
leituras de Jesus, cheio de glória e esplendor, poder e majestade, rodeado de
seus Anjos, para julgar os vivos e os mortos e proclamar o seu Reino eterno,
após os acontecimentos que antecederão esse triunfo.“
No segundo domingo a Igreja convida
ao arrependimento e à conversão e nos coloca diante da grandiosa figura de João
Batista, cuja mensagem ajuda a ressaltar o caráter penitencial do Advento.
Com a alegria de quem se sente
perdoado, o terceiro domingo se inicia com a seguinte proclamação: “Alegrai-vos
sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto”. É o
domingo Gaudete (da alegria).
No quarto domingo, anuncia a chegada
do verdadeiro Sol de Justiça, para iluminar todos os homens. Vemos o Testemunho
de Maria e José em receber o Filho de Deus, o Salvador do mundo.
Conclusão:
A solenidade do Advento precisa ser
vivida em cada família de forma muito especial. Na Igreja celebraremos com as
leituras, cânticos e orações. Aproveite para fazer um retiro de Oração e
preparação para a Vinda do Senhor e o Mistério do Natal. Feliz Advento!
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