Solene
Vigília do Natal do Senhor
Adoração:
Processional:
Oração
inicial:
"Deus Onipotente, que nos deste
teu unigênito Filho para que tomasse sobre si a nossa natureza, e nascesse
neste tempo de uma Virgem; concede que nós, renascidos e feitos teus filhos por
adoção e graça, sejamos de dia em dia renovados por teu Santo Espírito;
mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito
Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém" (Livro de Oração Comum – Século XVI).
Dirigente:
“Alegremo-nos, irmãos, rejubilem e alegrem-se os
povos. Este dia tornou-se para nós santo não devido ao astro solar que vemos,
mas devido ao seu Criador invisível, quando se tornou visível para nós, quando
o deu à luz a Virgem Mãe” (Agostinho de Hipona).
Todos:
“A bondade divina sempre olhou de
vários modos e de muitas maneiras pelo bem do gênero humano, e são muitos os
dons da sua providência, que na sua clemência concedeu nos séculos passados.
Porém, nos últimos tempos superou os limites da sua habitual generosidade,
quando, em Cristo, a própria Misericórdia desceu aos pecadores, a própria
Verdade veio aos extraviados, e aos mortos veio a Vida. O Verbo, coeterno e
igual ao Pai, assumiu a humildade da nossa natureza humana para nos unir à sua
divindade, e Deus nascido de Deus, também nasceu de homem fazendo-se homem”. (Leão
Magno).
Cântico: Noite de Paz (Hino 7).
Noite de paz! Noite de amor!
Tudo dorme em derredor.
Entre os astros que espargem a luz,
Proclamando o Menino Jesus,
Brilha a estrela da paz!
Tudo dorme em derredor.
Entre os astros que espargem a luz,
Proclamando o Menino Jesus,
Brilha a estrela da paz!
Noite
de paz! Noite de amor!
Nas campinas ao pastor,
Lindos anjos, mandados por Deus,
Anunciam a nova dos céus:
Nasce o bom Salvador.
Nas campinas ao pastor,
Lindos anjos, mandados por Deus,
Anunciam a nova dos céus:
Nasce o bom Salvador.
Noite
de paz! Noite de amor!
Oh! Que belo resplendor
Ilumina o Menino Jesus!
No presépio do mundo eis a luz,
Sol de eterno fulgor!
Oh! Que belo resplendor
Ilumina o Menino Jesus!
No presépio do mundo eis a luz,
Sol de eterno fulgor!
Dirigente:
“Ele
está deitado numa manjedoura, mas contém o universo inteiro; mama num seio
materno, mas é o pão dos anjos; veio em pobres panos, mas reveste-nos de
imortalidade; é amamentado, mas é também adorado; não encontrou lugar na
estalagem, mas constrói para si um templo no coração dos seus fiéis. Tudo isto
para que a fraqueza se tornasse forte e a prepotência se tornasse fraqueza. Por
isso, não só não menosprezamos, mas mais admiramos o seu nascimento corporal e
reconhecemos neste acontecimento quanto a sua imensa dignidade se humilhou por
nós” (Agostinho).
Todos:
“Esta é a nossa festa. Isto celebramos hoje: a
vinda de Deus ao meio dos homens, para que, também nós cheguemos a Deus…
celebremos, pois, a festa: não uma festa popular, mas uma festa de Deus, não
como o mundo quer, mas como Deus quer; não celebremos as nossas coisas mas as
coisas daquele que é nosso Senhor” (Gregório de Nazianzo).
Confissão:
Dirigente:
“O menino
que se encontra na manjedoura … aquele que rompeu o jugo que a todos oprimia”. “Fazendo-se
Ele mesmo servo para nos chamar à liberdade”. (Efrém, no século IV).
Todos:
“Mesmo sem dizer nada, deu-nos uma lição, como se
irrompesse num forte grito: que aprendamos a tornar-nos ricos nele que se fez
pobre por nós; que busquemos nele a liberdade, tendo Ele mesmo assumido por nós
a condição de servo; que entremos na posse do céu, tendo Ele por nós surgido da
terra”. (Agostinho de Hipona).
Louvor:
Dirigente:
“Reconheçamos
o verdadeiro dia e tornemo-nos dia! Éramos, na verdade, noite quando vivíamos
sem a fé em Cristo. E uma vez que a falta de fé envolvia, como uma noite, o
mundo inteiro, aumentando a fé a noite veio a diminuir. Por isso, com o dia de
Natal de Jesus nosso Senhor a noite começa a diminuir e o dia cresce. Por isso,
irmãos, festejemos solenemente este dia; mas não como os pagãos que o festejam
por causa do astro solar; mas festejemo-lo por causa daquele que criou este
sol. Aquele que é o Verbo feito carne, para poder viver, em nosso benefício,
sob este sol: sob este sol com o corpo, porque o seu poder continua a dominar o
universo inteiro do qual criou também o sol. Por outro lado, Cristo com o seu
corpo está acima deste sol que é adorado, pelos cegos de inteligência, no lugar
de Deus que não conseguem ver o verdadeiro sol de justiça” (Agostinho de
Hipona).
Todos:
“Com
crescente alegria brilhe o céu e dê-se parabéns a si a gozosa terra: de novo,
passo a passo, sobre o astro do dia aos seus caminhos anteriores… Oh! Santo
berço do teu presépio, eterno Rei, para sempre sagrado para todos os povos e
pelos próprios animais sem voz reconhecida” (Prudêncio, poeta hispânico do
século IV).
Cântico:
Vinde Cantai (Hino 12)
Vinde,
cantai! Jesus nasceu!
À terra a Luz desceu!
A graça infinda ao mundo vem,
Na gruta de Belém!
Jesus o amado, o Sumo Bem.
À terra a Luz desceu!
A graça infinda ao mundo vem,
Na gruta de Belém!
Jesus o amado, o Sumo Bem.
Sim,
proclamai em derredor
Que foi por grande amor
Que à terra veio o Sumo Bem,
Na gruta de Belém!
Jesus humilde ao mundo vem!
Que foi por grande amor
Que à terra veio o Sumo Bem,
Na gruta de Belém!
Jesus humilde ao mundo vem!
Natal (Hino 11)
Eis
dos anjos a harmonia!
Cantam glória ao Rei Jesus.
Paz aos homens! Que alegria!
Paz com Deus em plena luz.
Ouçam povos exultantes,
Ergam salmos triunfantes,
Aclamando seu Senhor.
Nasce Cristo, o Redentor!
Cantam glória ao Rei Jesus.
Paz aos homens! Que alegria!
Paz com Deus em plena luz.
Ouçam povos exultantes,
Ergam salmos triunfantes,
Aclamando seu Senhor.
Nasce Cristo, o Redentor!
Toda a terra e os altos céus
Cantem sempre glória a Deus!
Cantem sempre glória a Deus!
Cristo,
eternamente honrado,
Do seu trono se ausentou.
Cristo, entre homens encarnado,
Deus conosco se mostrou.
Que sublime divindade,
E que excelsa humanidade!
Salve glória de Israel,
Luz do mundo, Emanuel!
Do seu trono se ausentou.
Cristo, entre homens encarnado,
Deus conosco se mostrou.
Que sublime divindade,
E que excelsa humanidade!
Salve glória de Israel,
Luz do mundo, Emanuel!
Cante
o povo resgatado
Glória ao Príncipe da paz;
Deus em Cristo revelado,
Vida e luz ao mundo traz!
Nasce a fim de renascermos,
Vive para revivermos,
Rei, Profeta e Salvador.
Louvem todos ao Senhor!
Glória ao Príncipe da paz;
Deus em Cristo revelado,
Vida e luz ao mundo traz!
Nasce a fim de renascermos,
Vive para revivermos,
Rei, Profeta e Salvador.
Louvem todos ao Senhor!
Edificação:
Liturgia da Palavra:
·
Isaías 9.1-7
·
Mateus 1.18-25
·
Lucas 2.1-20
·
Mateus 2.1-11
Celebrante: “A virgem deu a luz, quem explicará? O Verbo se fez
carne; quem explanará este mistério? Se o verbo de Deus vagiu na boca de uma criança,
como poderá falar dele o homem cheio de imperfeição? Mas como a estrela
iluminou os magos em busca da luz, assim a palavra do pregador deve dar a
conhecer a seus ouvintes o nascimento de Deus, a fim de se regozijarem com o
encontro com Cristo e, mais que perscrutarem
seus divinos segredos, honrarem com dádivas o Menino-Deus.. Orai irmãos meus, para que se
digne crescer, pouco a pouco, em minha palavra, aquele que aceitou crescer num
corpo como o nosso.” Pedro Crisólogo (406-450).
Todos:
“Jesus é o novo sol que atravessa as paredes,
invade os infernos, perscruta os corações. Ele é o novo sol que com os seus
espíritos faz reviver o que está morto, restaura o que está velho, levanta o
que está decadente e purifica ainda, com o seu calor, aquilo que é impuro,
aquece o que está frio e consome o que o que não presta” (Máximo, bispo de
Turim no século IV).
Sermão:
Dedicação:
Cântico:
Adoremos ao Senhor ( Hino 08)
Oh!
vinde, fiéis, triunfante, alegres,
Sim, vinde a Belém já movidos de amor;
Nasceu vosso Rei, lá do Céu prometido,
Oh! vinde, adoremos a nosso Senhor!
Sim, vinde a Belém já movidos de amor;
Nasceu vosso Rei, lá do Céu prometido,
Oh! vinde, adoremos a nosso Senhor!
Olhai,
admirados, a sua humildade,
Os anjos o louvam com grande fervor,
Pois velo conosco habitar encarnado;
Oh! vinde, adoremos a nosso Senhor.
Os anjos o louvam com grande fervor,
Pois velo conosco habitar encarnado;
Oh! vinde, adoremos a nosso Senhor.
Por
nós, das alturas, celestes baixando,
Em forma de servo se fez, por amor,
E em glórias a vida nos dá, sempiterna;
Oh! vinde, adoremos a nosso Senhor.
Em forma de servo se fez, por amor,
E em glórias a vida nos dá, sempiterna;
Oh! vinde, adoremos a nosso Senhor.
Nos
Céus adorai-o, vós, anjos em coro,
E todos na terra lhe rendam louvor;
A Deus honra e glória contentes rendamos;
Oh! vinde, adoremos a nosso Senhor.
E todos na terra lhe rendam louvor;
A Deus honra e glória contentes rendamos;
Oh! vinde, adoremos a nosso Senhor.
Dirigente:
“Preparemo-nos
pois, irmãos, para acolher o Natal do Senhor, adornemo-nos com vestes puras e elegantes!
Falo, claro está, das vestes da alma, não do corpo… Adornemo-nos não com seda,
mas com obras boas! Pois as vestes elegantes ornam o corpo, mas não podem
adornar a consciência; pois seria muito vergonhoso trazer sob elegantes vestes
elegantes, uma consciência contaminada. Procuremos acima de tudo embelezar os
nossos afetos íntimos, e poderemos então vestir belas roupas; lavemos as
manchas da alma para usarmos dignamente roupas elegantes! Não adianta dar nas
vistas pelas vestes se estamos sujos em pecados, porque quanto a consciência
está escura, todo o corpo fica nas trevas” (Máximo turinense).
Todos:
“Terra
e céu rejubilem juntamente, diante do Emanuel que os profetas anunciaram,
tornado criança visível, que dorme num presépio”. “A alegria acaba de nascer
numa gruta. Hoje os coros dos anjos unem-se a todas as nações para celebrar....
Hoje toda a humanidade, desde Adão, dança. Bendito seja Deus, recém-nascido” (Romano
Melode, poeta siríaco do século VI).
Dirigente:
“Nasceu hoje, irmãos, o nosso Salvador.
Alegremo-nos! Não pode haver tristeza quando nasce a vida; a qual, destruindo o
temor da morte, nos enche com a alegria da eternidade prometida. Ninguém está
excluído da participação nesta alegria; a causa desta alegria é comum a todos,
porque nosso Senhor, aquele que destrói o pecado e a morte, não tendo
encontrado ninguém isento de pecado, a todos veio libertar. Exulte o santo
porque está próxima a vitória; rejubile o pecador, porque é convidado ao
perdão; reanime-se o pagão, porque é chamado à vida… Por isso é que, quando o
Senhor nasceu, os anjos cantaram em alegria ‘glória a Deus nas alturas’ e
anunciaram ‘paz na terra aos homens...’. Porque veem a Jerusalém celeste ser
formada de todas as nações do mundo, obra inexprimível do amor divino, que, se
dá tanto gozo aos anjos nas alturas do céu, que alegria não deverá dar aos
homens cá na terra?” (Leão Magno).
Todos:
“Hoje nasceu para nós o Salvador. Nasceu, portanto,
para todo o mundo o verdadeiro sol. Deus Fez-se homem para que o homem se
fizesse Deus. Para que o escravo se tornasse senhor, Deus assumiu a condição de
servo. Habitou na terra o morador do céu para que o homem, habitante da terra,
pudesse encontrar morada nos céus” (Agostinho).
Cântico:
Noite de paz (Hino 7).
Dirigente:
“Aquele que
estava deitado na manjedoura fez-se frágil, mas não renunciou à sua condição
divina; assumiu aquilo que não era, mas permaneceu aquilo que era. Eis que
temos diante de nós Cristo menino: cresçamos juntamente com Ele” (Agostinho).
Todos:
“Chama-se
dia do Natal do Senhor a data em que a Sabedoria de Deus se manifestou como
criança e a Palavra de Deus, sem palavras, imitou a voz da carne. A divindade
oculta foi anunciada aos pastores pela voz dos anjos e indicada aos magos pelo
testemunho do firmamento. Com esta festividade anual celebramos, pois, o dia em
que se realizou a profecia: A verdade brotou da terra e a justiça desceu do céu”
(Sl 84.12). (Agostinho).
Oração do Pai Nosso
Bênção Apostólica
Recessional: