terça-feira, 25 de novembro de 2025

“Andemos na Luz do Senhor” – A Liturgia do 1º Domingo do Advento - Ano A

 


“Andemos na Luz do Senhor” – Um Devocional para o 1º Domingo do Advento

“Andemos na luz do Senhor.” (Is 2.5)

O Advento abre, mais uma vez, o ciclo da esperança no calendário cristão. Como no cântico antigo da Igreja – “Ó vem, ó vem, Emanuel” – nosso coração se volta ao Deus que prometeu, veio, e virá novamente em glória. A liturgia deste primeiro domingo nos chama a um movimento interior: vigilância, palavra que resume a postura daquele que aguarda o Senhor com amor desperto e esperança ativa.

1. A Vigília que ilumina: Isaías 2.1-5

A profecia de Isaías apresenta uma visão elevada: povos subindo ao monte do Senhor para aprender seus caminhos. Não é apenas uma paisagem escatológica, mas um convite à transformação presente.
A Vigília do Advento nasce quando permitimos que a luz de Deus revele nossos passos, endireite nosso caminho e nos lembre que toda caminhada cristã acontece sob o brilho da graça. Isaías conclui com um apelo que é também uma ordem amorosa: “Vinde, andemos na luz do Senhor.” A espiritualidade do Advento é, antes de tudo, peregrinação rumo a Cristo.

2. “Alegrei-me quando me disseram”: o caminho para a Casa do Senhor

O Salmo 122, proclamado responsorialmente, é um dos mais belos cânticos de peregrinação. Ele recorda que caminhar para a Casa do Senhor é motivo de alegria, comunhão e paz. Assim também é o Advento:

  • Tempo de alegria: porque o Senhor se aproxima.

  • Tempo de comunhão: porque caminhamos juntos, como tribos que sobem ao templo.

  • Tempo de paz: porque rogamos que a paz do Messias encontre morada em nossas casas, igrejas e cidades.

O Advento reacende em nós a esperança de uma Jerusalém restaurada – não uma cidade geográfica, mas o povo de Deus reunido, cheio de esperança e voltado para o Senhor.

3. “Despertai!” – O chamado apostólico (Rm 13.11-14)

Paulo é direto e pastoral: “Já é hora de despertardes do sono.” O Advento não é uma memória sentimental, mas um chamado ético e espiritual.
O apóstolo nos lembra que a salvação está mais próxima do que quando cremos. Por isso, o Advento exige decisão:

  • Rejeitar as obras das trevas,

  • Vestir as armas da luz,

  • Revestir-se do Senhor Jesus Cristo, a verdadeira vestimenta do discípulo.

Como ensina a oração inicial da liturgia: “Dá-nos a graça de rejeitar as obras das trevas e vestir-nos das armas da luz.” O Advento é o tempo no qual relembramos nossa verdadeira identidade: pertencemos ao dia que está por vir.

4. Como nos dias de Noé: Mateus 24.37-44

Jesus compara a sua vinda aos dias de Noé: tudo parecia normal, mas o coração das pessoas estava distraído. O problema não era comer ou beber; era viver como se Deus não viesse mais.
Por isso o Senhor nos adverte: “Vigiai!”
A vigilância cristã não é medo, mas amor atento. Não é ansiedade, mas esperança firme. É o olhar do servo que acende a primeira vela e diz:

“Minha vida pertence Àquele que veio, que vem diariamente pela Palavra e pelos Sacramentos, e que virá em glória.”

No acendimento da vela da Vigilância, oração e profecia se encontram: Cristo vem despertar nossas almas, dispersar o temor e renovar a fé.


5. Caminhos do Advento: preparação, transformação e reconciliação

Os hinos litúrgicos proclamados neste culto são verdadeiras homilias cantadas. Eles nos recordam três atitudes indispensáveis:

a) Advento é tempo de preparação

Abrir caminhos para o Deus-menino é abrir espaço no coração. Preparação não é pressa, mas disponibilidade.

b) Advento é tempo de transformação

Mudar caminhos para um mundo novo” — diz o hino.
A transformação começa com pequenos atos de caridade, reconciliação e serviço humilde.

c) Advento é tempo de perdão e comunhão

“É tempo certo pra pedir perdão e perdoar, seguindo de mãos dadas.”
O Advento só floresce em corações reconciliados.


6. Caminho para a Mesa do Senhor

A Ceia, celebrada neste Domingo, é o lugar onde o Cristo que veio se torna presente entre nós. É ali que o Emanuel — Deus conosco — fortalece a vigilância do seu povo, alimentando-nos para esperar com fé perseverante.
Ao nos aproximarmos da Mesa, confirmamos: “Teu Reino vem, Senhor, vem em nós, vem para nós, vem através de nós.”


Conclusão 

Que este Advento reacenda em nós a vigilância amorosa, a esperança firme e a alegria do povo que caminha rumo à luz. Que cada culto, cada vela acesa, cada cântico proclamado, seja como um passo rumo ao Cristo que vem.

E que possamos repetir com a Igreja de todos os séculos:

“Dai glória a Deus!
Emanuel virá em breve, ó Israel!”

Amém.

quarta-feira, 5 de março de 2025

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Música para Quaresma


Use esta música para sua meditação particular em seu eremitério. 
Tenha uma santa Quaresma em Nome de Jesus. 

 

sexta-feira, 22 de março de 2024

Significado de cada dia da Celebração da Semana Santa

 

Significado de cada dia

da

Celebração da Semana Santa

 

Domingo de Ramos


O Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, é uma data de caráter festivo. Nele se celebra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, ocasião em que foi recebido com muito entusiasmo pelo povo, que o aclamou como Senhor e Salvador agitando ramos de palmeira e gritando “Hosana ao filho de Davi!”.

 

Segunda-Feira Santa

Após dormir em Betânia, Jesus e seus discípulos voltaram à cidade de Jerusalém. Nesse dia, Jesus expulsou os mascates e os compradores que faziam negócios dentro do Templo de Jerusalém. Essa passagem ficou conhecida como limpeza do Templo. Em Mateus 21:12-22, Jesus diz: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões. Nesse mesmo dia, Jesus curou coxos e cegos dentro do templo.

A Segunda-Feira Santa precede os momentos mais importantes da Semana e é caracterizado como uma data de preparação para a Paixão.

 


Terça-Feira Santa

Segundo a Bíblia, na terça-feira Jesus retornou a Jerusalém e foi confrontado pelas autoridades religiosas do templo, irritadas com o fato de Jesus se colocar como uma autoridade espiritual. As conspirações contra Jesus eram cada vez maiores, e houve até uma tentativa de emboscada para prendê-lo. No final do dia, Jesus foi com seus discípulos ao Monte das Oliveiras, onde profetizou sobre o Juízo Final, o fim dos tempos e o seu regresso (Parusia). Em Mateus 24:36, Jesus diz: Contudo, ninguém sabe a data e a hora em que o fim virá, nem mesmo os anjos, nem sequer o Filho de Deus. Só o Pai o sabe.

Quarta-Feira Santa

Não há na Bíblia informações sobre o que fez Jesus nesse dia. Pode ser que tenha permanecido em Betânia, próximo a seus amigos Lázaro, Maria e Marta. Lembremos que um dos milagres mais conhecidos de Jesus é a ressurreição de Lázaro, acontecida uns dias atrás.

 

 Quinta-Feira Santa

Quinta-Feira é um dia muito importante na Semana Santa. Nesse dia, ocorreu a Última Ceia, em que Jesus e seus apóstolos comemoravam a Páscoa judaica. A quinta-feira marca o início do Tríduo Pascal, o momento mais importante da Semana Santa. É também nessa data que se encerra a Quaresma.

Um dos ritos mais tradicionais praticados na Quinta-Feira Santa é o Lava-Pés, que faz referência a uma passagem bíblica que diz que Jesus lavou os pés de seus discípulos após o pôr-do-sol da quinta-feira. Esse gesto simboliza solidariedade e humildade. Com ele, Jesus pôs-se a serviço do outro, a fim de redimir ou lavar os pecados.

O senhor tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês." (Lucas 22:19-20). 

Nesse mesmo dia, após a ceia, Jesus orou no Getsêmani. Foi preso logo em seguida, após ser traído por Judas.

 




Sexta-Feira Santa

Essa data é também chamada de Sexta-Feira da Paixão, já que nesse dia Jesus foi julgado, condenado e morto. Paixão vem da palavra latina passio, que significa sofrimento.

Na Sexta-Feira Santa se recordam os momentos mais difíceis dos últimos dias de Cristo, dos quais fazem parte o caminho para o Calvário (Via Sacra) e a crucificação.

É o gesto de amor incondicional de Jesus, que entregou sua vida e nos seus ombros carregou todos os pecados da humanidade.

 





Sábado Santo

Entre o pôr-do-sol da sexta-feira e o pôr-do-sol do sábado, não ocorrem celebrações nem comunhão. O Sábado Santo, também chamado de Sábado de Aleluia, é o dia em que Jesus Cristo jaz em seu túmulo. Por isso, o sábado é dedicado à oração e à meditação, à espera da ressurreição.

Só sábado à noite é que ocorre a Vigília Pascal, momento em que os cristãos celebram a ressurreição de Jesus Cristo. Em Mateus 28:1-10, lê-se que no fim do sábado o anjo do Senhor que o corpo de Jesus não estava mais no sepulcro porque havia ressuscitado, tal como ele mesmo havia profetizado.

Na verdade, a Vigília Pascal, embora aconteça na noite de sábado, deve ser considerada uma celebração do Domingo de Páscoa, já que para os judeus um dia acaba ao anoitecer.

 

Domingo de Páscoa


O Domingo da Ressurreição é um dia de alegria para os cristãos. Foi nesse dia que, segundo a Bíblia, Jesus ressuscitou e fez ao menos cinco aparições, uma delas para Maria Madalena e outras para seus discípulos.

O domingo é o dia em que os cristãos anunciam a verdade de que Cristo venceu a morte. É a Páscoa. Páscoa é uma palavra de origem hebraica que significa “passagem”. A Páscoa cristã comemora a passagem de Cristo do mundo dos mortos para a vida. Assim, Cristo venceu a morte e adquiriu a vida eterna a todos que creem nele.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Liturgia da Palavra para os Domingos da Quaresma - Anos A,B e C

 


Liturgia da Palavra para os Domingos da Quaresma

 

Domingos

Ano A

Ano B

Ano C

1º Domingo

Tentação

Gn 2.7-9, 3.1-7 / Sl 51.1-17 / Rm 5.12-19 / Mateus 4.1-11.

Gn 9:8-15; Sl 25:1-10; 1 Pe 3:18-22; Mc 1:12-15

Dt 26.4-10 / Sl 91 / Rm 10.8-13 / Lc 4.1-13.

2º Domingo

Transfiguração

Gn 12.1-4 / Sl 33 / II Tm 1.8-10 /Mateus 17.1-9

Gn 22.1-18; Sl 116; Rm 8.31-34; Mc 9.2-10

Gn 15,5-12.17-18 / Sl 27 / Fp 3.17-4.1 / Lucas 9.28b-36

3º Domingo

Êx 17.3-7 / Sl 95.1-11 / Rm 5.1-8 / João 4.5-29, 39-42

Êx 20.1-17; Sl 19.7-11 (Refrão Jo 6.68) / I Co 1.22-25 / Jo 2.13-25

Êx 3,1-8, 13-15 / Sl 103 / I Co 10.1-6,10-12 /  Lc 13.1-9

4º Domingo

(Laetare)

I Sm 16.1-13 / Sl 23.1-6 / Ef 5.8-14 / João 9.1-41

II Cr 36.14-16, 19-23; Sl 137.1-6; Ef 2:4-10; Jo 3:14-21

Js 5.9, 10-12./ Sl 34 / II Co 5.17-21/  Lc 15.1-3,11-32.

5º Domingo

Ez 37.12-14 / Sl 130 / Rm 8.8-11 / João 11.1-45

Jr 31.31-34; Sl 51.1-15; Hb 5.7-9; Jo 12.20-33

Is 43.16-21 / Sl 126.1-6 / Fp 3.8-14 / Jo 8.1-11.

Ramos da Paixão

Is 50.4-7 / Sl 22.8-9,17-24 / Fl 2.6-11 / Mateus 26.14 - 27.66 (procissão: Mateus 21.1-11)

 

Is 50.4-7; Salmo 22; Fp 2.6-11; Mc 14.1-15.47 (procissão: Marcos 11.1-11)

Is 50.4-7; Sl 22.1-24 / Fp 2.6-11 / Lc 22.14-23.56. (procissão:  Lucas 19.28-44).

 

sexta-feira, 10 de março de 2023

Salmo da Capela do Mosteiro Terra Santa - Capela da Transfiguração do Senhor.

 

SALMOS 84

1Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!

2A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!

3O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes, perto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!

4Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente.

5Bem-aventurado é aquele cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados!

6Quando passa pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.

7Vão indo de força em força; cada um deles aparece diante de Deus em Sião.

8 Senhor, Deus dos Exércitos, escuta a minha oração; ouve-me, ó Deus de Jacó!

9Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.

10Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus a permanecer nas tendas da perversidade.

11Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; não recusa nenhum bem aos que andam retamente.

12Ó Senhor dos Exércitos, feliz é aquele que em ti confia.