domingo, 19 de março de 2017

A liturgia e o Canom do Novo testamento.

A liturgia e o Canom do Novo testamento.

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A liturgia necessita da Palavra de Deus.
Veja a relação do canom do Novo Testamento e os Pais da Igreja.
Segundo F. F. Bruce, "os livros do Novo Testamento não se tornaram escritos revestidos de autoridade para a Igreja porque foram formalmente incluídos em uma lista canônica; pelo contrário, a Igreja incluiu-os no cânon porque já os considerava divinamente inspirados, reconhecendo neles o valor inato e, em geral, a autoridade apostólica, direta ou indireta." Sobre os primeiros concílios canônicos, que se realizaram no Norte da África, em Hipona Régia (393 d.C.) e em Cartago (397 d.C.), Bruce afirma que eles "não objetivavam impor algo novo às comunidades cristãs, pelo contrário, o intuito era sistematizar o que já era uma prática comum." Fonte: Merece Confiança o Novo Testamento?, F. F. Bruce, Vida Nova, 2010, pg 36. - Clemente de Roma, 96 d.C.: demonstra conhecer Mateus, Romanos, 1 Coríntios e Hebreus. - Inácio, de Antioquia (116 d.C.), Policarpo, de Esmirna (69-155 d.C.), e Papias, de Hierápolis (80-155 d.C.), atestaram Mateus, João, as epístolas paulinas, 1 Pedro, 1 João e Atos. - O Didaquê, 120 d.C.: destaca Mateus e conhece a maioria dos livros do NT. - Justino Mártir, 100-165 d.C.: atestou Apocalipse, Hebreus e Marcos. - Marcião, 140 d.C.: o heresiarca em questão reconheceu Lucas e dez epístolas de Paulo. - Hermas, 150 d.C.: autentica Mateus, Efésios, Apocalipse e, aparentemente, Hebreus e Tiago. - Teófilo de Antioquia, 115-188 d.C.: adotou a maior parte dos livros do NT. - Clemente de Alexandria, 155-215 d.C.: aceitou todos os livros do NT. - Melito, de Sardes, 170 d.C.: citou trechos de todos os livros do NT, exceto Tiago, Judas e 2 e 3 João. - Vulgata Latina, antes de 170 d.C.: atesta todos os livros do NT, menos Tiago e 2 Pedro. Hebreus foi acrescentada antes dos tempos de Tertuliano. - O Fragmento Muratoriano, 172 d.C.: autentica os quatro Evangelhos, Atos, nove epístolas de Paulo às igrejas e quatro pessoais, as cartas de Judas, 1 e 2 Pedro e 1 e 2 João e Apocalipse. Acrescenta o Pastor de Hermas, mas observa que, embora seja um livro digno de ser lido nas igrejas, não possui a mesma autoridade que os canônicos. - Irineu, 140-203 d.C.: o discípulo de Policarpo, que fora discípulo de João, reconheceu os quatro Evangelhos, Atos, Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, 1 Pedro, 1 João e Apocalipse. - Tertuliano, 150-222 d.C.: atesta os quatro Evangelhos, treze epístolas paulinas, Atos, 1 Pedro, 1 João, Judas e Apocalipse. Rejeitou Hebreus por acreditar que o autor era Barnabé. - Orígenes de Alexandria, 185-253 d.C.: aceitou, inclusive, os livros que eram mais contestados, como Hebreus, 2 Pedro, 2 e 3 João, Tiago, Judas e Apocalipse. - Cipriano, 200-258 d.C.: não atestou Hebreus e não citou Filemom, Tiago, 2 e 3 João e Judas. - Dionísio de Alexandria, 200-265 d.C.: autenticou Hebreus e reconheceu Apocalipse, Tiago e 2 e 3 João. - Papiros de Chester Beatty, século III: autenticam os quatro evangelhos, Atos, as epístolas paulinas, Hebreus e Apocalipse. - Atanásio de Alexandria, 298-373 d.C.: considerou canônicos os 27 livros que hoje compõem o NT. - Basílio da Capadócia, 329-378 d.C., e Gregório de Nazianzo, 330-390 d.C., reconhecerem todos os livros do NT, menos Apocalipse, mesmo tendo-o citado como obra de João. - Jerônimo, 340-420 d.C.: atestou todos os livros do NT. - João Crisóstomo, 347-407 d.C.: aceitou todos os livros do NT, menos 2 Pedro, 2 e 3 João e Apocalipse. - Teodoro de Mopsuéstia, 350-428 d.C.: rejeitou as epístolas universais e Apocalipse, seguindo o Cânon de Constantinopla. - Agostinho, 354-430 d.C.: aceitou todos os livros, inclusive os 7 que eram questionados. - A Peshita, 411-435 d.C.: também seguiu o Cânon de Constantinopla. - Os Concílios: a delimitação do cânon do NT não foi obra dos concílios, mas do valor intrínseco de cada livro. O Terceiro Concílio de Cartago, 397 d.C.: a primeira decisão oficial sobre o cânon, determinando que só os livros canônicos poderiam ser lidos nas igrejas - atestou os 27 do NT atual. O Concílio de Hipona (420 d.C.), confirmou o de Cartago. A seleção do cânon foi, portanto, um processo espontâneo que se desenrolou na Igreja ao longo dos séculos, até que cada livro fosse autenticado. "O cânon do NT formou-se espontaneamente, e não pela ação dos concílios da igreja. A inspiração e a autoridade intrínseca foram os fatores determinantes em seu reconhecimento e efetiva canonização. Em 200 d.C., o NT já continha essencialmente os mesmos livros que temos hoje. (...) Antes do final do século III, praticamente todos os livros extracanônicos já haviam sido expurgados das listas autorizadas. (...) Durante o século IV, praticamente cessou no Ocidente o debate sobre as questões do status canônico de determinados livros, isso graças à influência de Jerônimo e de Agostinho." Fonte: Manual Bíblico Unger, Merril Frederick Unger, Vida Nova, 2006, pgs 709-714.

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